quinta-feira, 24 de março de 2011

Um Amor Sem Crédito

Muito obrigado por não ter atendido. Não as 4, mas as três chamadas que fiz para o seu celular. Não sei. Quem sabe. Você pode ter se enganando. Pode ter sido o outro ou até mesmo aquela velha mania do ser humano de aumentar tudo o que acontece na vida.
Liguei em um momento de solidão, e nem me dei conta que tinha poucos créditos no cartão. Havia gasto todo o restante tentando dizer como você era importante; e depois de tantos presentes e carinhos, me vi completamente sem dinheiro, e sem você.
Penso se valeu à pena. Deve ter valido, valeu caro.
Quantos aos outros sorrisos, de dentes brancos e amarelos, encantadores e devastadores, eu descobri uma coisa: que o filme não tinha acabado.
Que eu havia me perdido entre as salas, tentando encontrar você; sentada em alguma poltrona, perdida na multidão de corações entristecidos, à procura de um final feliz; que nunca será feliz, pois se lembre: A tela se apaga, a cortina se fecha, as pessoas se vão, mas em algum lugar, o filme continua, perdido em meio a escuridão.

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