A Felicidade

Peço que você pare por um único momento e tente se lembrar da ocasião que mais o trouxe felicidade.

Eu sei. É difícil. Mas não peço uma análise detalhada, porque eu sei que devemos mensurar os momentos.

Há dias em que certas situações corriqueiras nos trazem a maior alegria. Este é o momento.

Há dias em que uma agradável surpresa não consegue nem mesmo arrancar um singelo sorriso de seu rosto. Esta é a felicidade. Algo intrínseco ao ser humano, que não depende de um único momento, mas de uma série de acontecimentos pretéritos, destinados ou não, à busca do que sempre procuramos.

Por incrível que pareça, há pessoas que se sentem felizes por estarem triste. É aquele choro guardado no peito, aquela tristeza que nos deixa prostrados na cama, sentindo cada pedacinho da dor que sentimos.

O que quero dizer com tudo é que: A felicidade não depende exclusivamente do momento. E o momento, não traz a garantia do sorriso.

Por quantas vezes buscamos viagens, festas, roupas, que nada nos trouxeram.

Sugiro que, se um dia você se encontre perdido em meio ao caminho da felicidade, procure achá-lo da forma mais simples possível.

E esqueça que o simples tem que ser simples. Simples é a forma como você trata a situação e não o momento.

Tente agradar a quem está ao seu redor, porque é certo que a felicidade alheia nos contamina.

Tente não cobrar muito das pessoas; elas infelizmente não irão retribuir na medida em que você espera.

Não espere muito dos outros. Espere de você. Saiba que ser sozinho nem sempre é sinônimo de solidão. Há momentos que precisamos reciclar o ambiente, as amizades e até mesmo a forma com que encaramos a vida.