Uma ver, quando estava em um Hotel (em Belém do Pará), longe de casa, percebi que não tinha dinheiro em espécie para pagar o taxista e tampouco tinha tempo para parar em um caixa eletrônico sem arriscar perder o vôo.
Apreensivo, eu tive que deixar meu orgulho de lado. Bati na porta do meu vizinho de quarto e expliquei a situação. Ele riu e tirou do bolso muito mais dinheiro que eu precisava.
Eu, sem graça, pedi para me passar a conta do banco, pois iria depositar assim que chegasse a casa.
Então ele respondeu: não precisa. Não precisa mesmo. Eu só espero que um dia façam por mim o mesmo.
Até hoje guardo com carinho aquela pessoa que passou em minha vida. Alguém que me relacionei, no máximo, durante cinco minutos; e mesmo assim despertou minha eterna gratidão e admiração.
Ele não deve lembrar-se do meu nome e eu não lembro o dele.
São acontecimentos assim que nos fazem acreditar que nós somos bons! O que precisamos é praticar. A bondade tem que ser praticada. No mundo egoísta em que vivemos, a ação daquele homem foi fora “dos padrões”.
Mas não era para ser uma ação natural?
Nenhum comentário:
Postar um comentário