sexta-feira, 29 de julho de 2011

Diário de um Menino

Obra de ficção.

A caridade é feita em silêncio. E foi desta forma que conheci meu mestre. Tudo começou aos 11 anos, quando minha mãe me deu um exemplar de uma de suas obras. Confesso que não achei grande coisa. Preferi uma dele também, mas que falava sobre uma jornada. Lembro de olhar pela janela e ficar pensando na maravilhosa jornada de um homem à paz interior. Mal eu sabia, que, com 28 anos, talvez o mesmo homem fosse responsável em me ajudar, ocultamente, em minha jornada.

Com 11 anos a gente se mudou para Pirenópolis. Eu, minha mãe, meu padrasto e o Demian. Vou falar de cada um, e deixarei quem sou eu para a interpretação do leitor.

A Regina.

Minha mãe era esotérica. Nunca nem tinha pisado em uma Igreja. Rodava um jornalzinho até famoso na época, chamado “Nave”. Aquela coisa de movimento alternativo. Certo dia ela conheceu o meu mestre. Ela conta: escutei uma voz (faz voz de fanha) me chamando. Depois ele disse: será que eu poderia publicar um artigo na sua revista?

Minha mãe disse que sim, mas tanto faz, tanto fez. Não pelo artigo, mas porque todos comentaram com ela: Nossa, ele trabalha com fulano.

- E daí? – disse minha mãe.

Bem, ele não era apenas o letrista. Se tornou um escritor conhecido, mas aparentemente infeliz. Diz ele que não se incomoda com o que aconteceu com fulano. Mentira. É uma ferida enorme. Daquelas que você luta para esconder. Porém observando de longe, ele deve saber que cada um é responsável pela sua jornada. Sente falta do amigo; mas este deve ser o único sentimento.

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