terça-feira, 12 de julho de 2011

A Mentira

Há certas situações difíceis de serem solucionadas. Podemos deixá-las de lado, como se nada tivesse acontecido. Ou podemos confrontá-las, em busca da verdade real.

Refiro-me a questão da mentira. Existem certas pessoas – ou até mesmo, grande parte delas – que se opõe à verdade. Não por uma mentira inerente (patológica), mas por se envergonharem da verdade ou acharem que a mesma nada de bom pode trazer, além de conflitos.

Deixar a mentira de lado, e aceitar o que a outra pessoa está falando, nunca me pareceu à melhor forma de resolver o problema. Além da aflição interna que toma conta do coração, perdemos boa parte da confiança que nos cerca. Todavia, a insistência na negativa, pode nos chatear ainda mais, levando a um único caminho: separar-se da pessoa ou fingir que nada aconteceu.

Separar-se da pessoa, dependendo da falta de verdade, é uma atitude radical demais a ser tomada. Fingir que nada aconteceu, é um ato de covardia. Lembro das palavras do Senhor Krishna a Arjuna, no campo de batalha: pouco importa se iremos vencer ou perder, o fundamental é que morramos lutando.

Uma luta espiritual. Pela vida. Pela verdade. Pelos frutos que nos levarão à transcendência. É neste exato ponto que me falta compreensão suficiente para responder o questionamento que fiz logo no início do texto. Quando devemos aceitar a mentira? Devemos aceitá-la? Podemos abrir mão de um princípio ético-moral em função da paz interna e externa?

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