sábado, 2 de julho de 2011

O ser subjetivo do ser humano

Ser subjetivo é ser humano. Como dizia Nietzsche: humano demasiadamente humano.

Foram estas as palavras que despertaram Marcelo de um sono profundo.

Seus escritos, sua memórias, diziam respeito apenas a ele. O único capaz de ser objetivo diante de seus sentimentos – que mesmo retumbantes e incautos – se mostravam cada dia mais consistentes.

Ele não queria mais viver paixões avassaladoras. Sabia que a paixão é algo extremamente efêmero e volúvel. Preferia ater-se a sentimentos mais sólidos e definidos. Pessoas inseguras são inseguras porque além de não acreditarem em questões exteriores, também se colocam num papel vitimizado, não sabendo encarar os fatos por uma perspectiva melhor.

Quando Marcelo escrevia seus livros, antes mesmo de seus vinte anos, ele pensava primeiros nos finais. Não conseguia inicia uma obra, e depois, descobrir qual seu derradeiro fim. Da mesma forma, ele preferia encarar a vida. Notando um propósito, pré-definido e delineado, que pode alterar-se ao longo do conto da vida, mas sempre levará ao inexorável final. O mesmo imaginado antes mesmo de se colocar a caneta sobre o papel.

Todavia ele nunca poderia se esquecer de algo: da gratidão de ela querer conhecê-lo. De se interessar por suas idéias e angústias. O que não deveria acontecer, é que elas se transmudassem para o seu coração, causando-lhe inquietude e uma extrema falta de esperança.

Um comentário:

  1. Não há como não transmutar certos sentimentos e energias quando criamos laços afetivos. Empatia inevitável e mútua quando há sentimento mútuo de amor.

    Katia Oliveira

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