segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Exercício do Supérfluo

Esses dias encontrei um amigo. Ele me parecia bem feliz.
“Você viu o que eu comprei?” perguntou tirando de seu bolso um celular novinho novinho.
Não posso negar, o celular era bonito. Mas a felicidade de meu amigo não estava em sua beleza, e sim, no que o aparelho poderia fazer.
“Ele filma, tira foto, toca mp3, recebe vídeos, grava voz, Internet ……”
Depois de tantas informações ele apenas se esqueceu de um detalhe. “Ele recebe ligações?”
Eu entendo a felicidade de meu amigo. Entendo também que seria ótimo ter um celular que faça tantas coisas. A grande pergunta é: “Ele precisava de todas essas coisas?”
Voltando a conversa.
- Você tirou foto?
- Algumas. Mas prefiro minha máquina digital!
- Filmou?
- Duas ou três vezes. Mas eu tenho filmadora!
- E a música, tem escutado muito?
Pra que?! Eu as tenho no computador.

Entenderam? As vezes compramos algo e gastamos uma fortuna naquilo apenas pelo prazer de sabermos que temos tais coisas. Seria ótimo um celular com música para quem trabalha com música. Um celular com câmera para quem precise da câmera ou até mesmo um celular com Internet para quem não possa ficar sem a Internet.
Não sou contra coisas supérfluas. Não sou contra todos nós gastarmos nosso dinheiro da forma quisermos. Afinal, ele foi feito para isso.
Apenas penso que, certas vezes, podemos aplicar melhor o dinheiro que temos.
Sugiro um exercício para quem sabe assim todos possam entender com mais clareza minha mensagem.
Veja ao seu redor. Observe todos os detalhes. Agora note quantas coisas compramos, quantas coisas gastamos um dinheiro, até escasso, apenas pelo prazer de termos?
Eu tenho vários. Vocês devem ter. Tenho bens que usei algumas vezes e que hoje estão jogados, escondidos no armário.
Portando, a mensagem, não é que nós gastemos menos e sim que saibamos gastar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário