Certo dia um fazendeiro veio à procura de um homem. O fazendeiro precisava de alguém com muita habilidade para executar um serviço.
Então encontrou quem procura. O jovem estava sentado debaixo de uma árvore e seus olhos marejados estavam inchados de tanto chorar. Seu pai – o homem que ele mais amava na vida – tinha uma doença terminal que apenas poderia ser tratada com um montante de dinheiro que a família não dispunha.
Veio a oferta do fazendeiro e ela pareceu irrecusável.
- Matarás um homem para mim e eu lhe darei o que for preciso para salvar o seu pai.
Não pensando duas vezes o jovem colocou-se de pé. Pensou ele: que pecado teria trocar uma vida por outra? Se alguém teria que morrer não seria seu pai.
O fazendeiro deu os detalhes de onde encontraria o homem. Seria em um armazém abandonado e a vítima estaria sozinha. Não haveria testemunha.
Pegando a arma da mão do fazendeiro o jovem apertou seu caminhar para realizar a tarefa o mais rápido; afinal de contas seu pai se encontrava no leito de morte de sua casa e não tinha muito tempo.
No caminho o jovem cruzou com um mendigo que pediu um pedaço de pão. Mas o jovem não tinha tempo para caridade. Depois encontrou um aleijado em sua cadeira de rodas o qual perguntou se o jovem poderia empurrá-lo alguns metros à frente. Todavia o tempo continuava a ser exíguo e ele ignorou o aleijado.
Chegando ao armazém abriu a porta e viu um homem deitado bem ao fundo do lugar. O jovem sacou a arma do bolso e quando ia atirar reconheceu a figura. Era seu pai.
- O que o senhor está fazendo aqui?
- Vim até aqui para relembrar dos velhos tempos antes de morrer. O que fazes com esta arma?
- Um fazendeiro muito rico me prometeu dinheiro para matar um homem que estaria neste armazém. Mas aqui apenas encontro o senhor.
O velho então riu. – Não sou eu que apenas estou aqui. Você também está. E ele não era um fazendeiro. Era um padre.
- O que queres dizer?
- Eu pedi ao padre para procurá-lo.
- Para matá-lo?
Com uma pausa, veio a resposta: Não. Para você morrer, meu filho.
O jovem apontou a arma para a própria cabeça e mostrou que não hesitaria em atirar.
- Pare! – pediu o pai. – Não quero que morras desta forma.
- Mas de qual outra forma poderia morrer?
O velho apontou para o coração e falou: Nascendo de novo. Longe do pecado e da tentação. Com a sabedoria de que nenhuma vida vale mais do que a outra; mesmo que seja a vida de um ente querido. Da mesma forma como você sofreria com a minha ida, familiares da sua vítima sofreriam do mesmo jeito. Não parou para pensar? Sempre tentamos aliviar as dores colocando-as nas costas de outros. O que temos que fazer é aceitar e sermos fortes. Se tu és forte para tirar a vida de alguém porque não seria para continuar suportando a dor da sua?
“João 3:3-7: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.”
Portando irmãos e irmãs, Deus nos deu a mensagem de que devemos enterrar o velho Eu. Um Eu repleto de pecados, impurezas e imperfeições. Todos nós sabemos que – ao nascer de novo – não estaremos livres do pecado e das tentações. Todavia seremos fortes o bastante para lutarmos contra elas. Uso o versículo da Bíblia como uma fonte lógica de sabedoria. Por mais cético que alguém seja: não consegues perceber que o pecado é uma mercadoria de satisfação imediata e que traz conseqüências horríveis em longo prazo?
Somos fracos e falíveis. Seria insensato pensar que não iremos cair ao caminharmos na trilha da vida. O mais importante é saber levantar-se. Quantas tentações não nos tiram a razão? Agimos por impulso. Por emoção. Por compulsão.
Seja qual for o seu Deus ou se não tiver um: penses em ti e em quem o ama de verdade.
Morrer para o pecado é um funeral onde não haverá ninguém chorando. É um caixão vazio a ser sepultado para sempre. Caso seja mais fácil para o seu coração absorver a mensagem troque o pecar por errar. Afinal de contas: todos nós somos todos os dias induzidos – por outros ou por nós mesmos – a erros. O importante é ficar alerta e agir com sensatez.
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