Há uma intrínseca ligação entre o mundo da natureza, o mundo dos valores e o mundo da cultura. Arrisco-me a dizer que um não sobrevive sem o outro.
Delineando uma linha de pensamento, sob três conceitos completamente abstratos e reais ao mesmo tempo, notaremos que mesmo o mundo da natureza, regido à luz da causalidade, está ao alvedrio da dosemetria axiológica humana.
Enquanto nós, seres humanos, estamos inseridos em todo o conceito étnico-social, em nada poderia ser justo desvirtuar o real conceito do mundo natural, afastando o toque antropocêntrico e atribuindo toda a confusão que noto na Teoria Tridimensional de Miguel Reale.
Mesmo à luz do conceito axiológico, não podemos admitir o não questionamento de regras valorativas ao mundo da natureza. Inserindo-nos no mundo dos valores, completado pelo mundo da cultura, e colocando a priori a natureza, retiramos tudo o que já foi feito até os dias atuais. Como sempre digo: o ser humano seguirá seu caminho primitivo, unificando todos os três mundos, pela inexorável conclusão de que conceitos apenas existem na concepção existencial e na consciência humana.
Portando, não há mundos. Ao os dividirmos em três, estamos inevitavelmente atingindo aquilo que tentamos escapar: os valores da natureza. Por muito, nos esquecemos que nós somos a natureza; e de que ela cultua, em seu seio, toda a cultura existencialista, e impulsiona o ser humano ao seu real conceito de moral, ética, e até mesmo, de Direito.
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