sábado, 19 de março de 2011

Almas Gêmeas

Lembro que escrevi o Almas Gêmeas quando tinha 17, 18 anos.

Eu nunca havia escrito um livro. Na verdade, eu nunca havia conseguido terminar um livro.

Sempre desistia no meio do caminho, pensando que a história não era boa o bastante, ou que eu tinha me perdido no meio do caminho.

Depois eu descobri uma coisa: que o mesmo acontece com quase todas as pessoas.

Certa vez li que Stephen King jogou seu primeiro romance no lixo, por não achá-lo bom demais.

Sua esposa o retirou do lixo e o convenceu a enviar para uma Editora. Anos depois, ele se tornou um dos maiores escritores dos Estados Unidos.

Ainda tenho muito a trilhar para chegar a ser um Stephen King; mas é um exemplo a ser seguido por muitos que desejam escrever.

A primeira vez que escrevi uma história foi quando tinha 13 anos. A professora de Português havia pedido que todos da sala escrevessem um conto, ou relatassem algum fato curioso que acontecera nas férias.

Eu tive então a idéia de escrever sobre a vira dura de uma poltrona escolar, que era maltratada pelos aluninhos. Depois, não achei o conto bom o bastante, e em casa, escrevi sobre a dura vida de uma latinha de refrigerante, que tinha como destino final o triste depósito Municipal.

No dia de entregarmos os contos, um amigo, Antônio, não tinha escrito nada. Eu então dei o meu pra ele, que entregou à professora.

Dias depois ela voltou em sala de aula, e antes do sinal tocar falou: Bem, eu gostaria de dar aos parabéns aos 3º primeiros lugares, que me surpreenderam. O primeiro lugar é do Raphael, muito bom mesmo. Também amei a história do Antônio, fantástica.

Moral da história: Eu havia ganhado o primeiro e o segundo lugar.

Um ano depois conheci o Klayter, um amigo que escrevia contos de Terror. Então, toda a tarde, nós íamos à biblioteca Municipal e ficávamos devorando os livros de Stephen King. Acho que li quase todos. A noite, eu escrevia os meus livros. O primeiro se chamou “O Vampiro e o Lobisomem” e o segundo “O Padre e o Pastor”.

Anos depois, decidi que iria escrever um romance de verdade. Eu tinha só 17 anos, ainda estava na escola, e o pessoal não levou muita fé.

Demorei quase 6 meses para escrever o “Almas Gêmeas”. Lembro que o reescrevi mais de 3 vezes, até finalmente me dar por satisfeito.

Lembro que tinha noites em que não dormia, tentando dar uma solução para os problemas que havia criado em minha história.

Era como um labirinto de idéias, em que eu precisava encontrar uma saída.

Ao final, creio que deu tudo certo.

Depois escrevi outros livros, que futuramente espero lançar.

Mas o que eu gostaria de dizer, depois de toda essa história, é que eu realmente acredito em nossa Alma Gêmea.

Ainda não encontrei a minha, mas continuo à procura.

Como disse no livro: entre encontros e desencontros, dúvidas e incertezas, eu tenho certeza de que encontrarei alguém que fará de mim a pessoa mais feliz do mundo.

Portando, se você já encontrou a sua: não a deixe ir embora. Saiba que o amor não se resolve na paixão, e que há momentos que questionamos o que sentimos. As dúvidas fazem parte da vida, porque afinal: que graça teria se a certeza fosse o único caminho a ser seguido?

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