terça-feira, 22 de março de 2011

Amor Abstrato Amor

Tenho certeza de um dia irei carregar comigo, em uma mala cheia de lembranças, a esperança de tê-la encontrado em minhas andanças.

Seja por um segundo. Seja por uma troca de olhares. Seja pelo que for: eu tenho certeza que a encontrarei.

Não espero muito de ti; não espero que me ames. Espero apenas que me deixe amá-la na imensidão de meus sonhos.

Você é perfeita enquanto não a conheço. Você habita a exatidão da esperança e melhor seria que ficasse assim para sempre.

Você sabe quem é, mas não sabe quem sou.

A imperfeição do amor está justamente no ponto principal da atração. Procuramos o exterior, encontramos o interior, nos satisfazemos com a reunião de todos estes fatores positivos e negativos, jogado em um critério particular, divido entre duas pessoas opostas.

Mas eu a amo sem nunca ter sentido a sua presença. Amo pelo que és, e basta.

Mas tenho medo. Medo de nossas semelhanças. Medo de almas tão parecidas a ponto de divergirem na própria razão.

Juro que nunca encontrei alguém como você. Juro que espero e não espero encontrar.

Melhor seria nos satisfazermos com a multidão de ignorantes que habitam nossa vida. Melhor seria não precisar explicar o porquê, quando o outro lado em nada se interessa em nos conhecer de verdade.

Melhor seria, e melhor será, nos satisfazermos com beijos e carinhos, abraços e encontros, deixando assim o amor no lugar em que sempre esteve: no abstrato plano da imaginação eterna.

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