Ontem acordei sem saco nenhum de ir ao Aeroporto, entrar na fila do Check-in, despachar a bagagem, passar pelo detector de metais, sentar na sala de espera, ficar na fila para entrar no avião, comer o terrível biscoito da companhia aérea, cruzar os braços enquanto tentava encontrar minha mala na esteira e pegar o carro para chegar à casa da minha mãe.
Eu não tenho pavor de avião, mas não sou um grande fã. Eu me sinto bem mais seguro quando alguém com mais medo (pavor) senta ao meu lado. Aí me sinto na obrigação cívica de ajudar o cidadão. Eu digo: este avião tem duas turbinas. Mesmo se uma falhar, ele consegue voar com a outra. Apenas 16% dos acidentes aéreos acontecem no momento da decolagem. Turbulência não derruba avião (será?). Hoje os aviões são bem mais novos. Etc, etc, etc!
Pra mim é tudo conversa pra boi-dormir. Medo é medo e não adianta! Eu superei a agorafobia pensando da seguinte forma: se cair, eu nem vou ter muito tempo pra sofrer.
O que mais me irrita é aquele sujeito que pega no sono antes mesmo do avião decolar. O cara não está nem aí! Vamos lá amigo, me dá uma força! Apoio moral.
Deve ser legal ter uma profissão em que você pode passar por umas cinco capitais em um único dia. Não é a minha praia. Comissário de bordo parece que tem um sorriso forçado colado no rosto. É tudo “sim, senhor”. “Não, senhor”. No fundo eles querem mais é que nego vá pra casa do caralho e parem de encher o saco!
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