sexta-feira, 25 de março de 2011

Meu Seu, Seu Meu

Lá vem você. Repleta de palavras obscuras, ambíguas, bem escritas e desafiadoras.
Por que não diz logo: Eu te amo, e pronto?
Por que estender-se em frases complicadas, palavras desajustadas, que ao fim levam o único leitor a inexorável conclusão: O Eu quer ser Você.
O Eu não vive sem Você.
Talvez Eu e Você nos confundimos na mesma frase; na mesma palavra ou até mesmo nos longos beijos os quais juramos um amor barato, repleto de poesias como “Que seja eterno enquanto dure”.
Quanto amor barato. Feita de poesias emprestadas de outras paixões e de presentes comprados a esmo, na primeira vitrine que vi pela frente.
O Eu agora está aqui, sendo Eu. As poesias se vão, assim como os poetas morrem; mas a paixão, alicerce do amor, permanece oculta no tempo, à espera de um amor que deixou de acontecer, de um Eu ideal que deixou de existir. Pare de procurar a perfeição e entenda que defeitos são inerentes a todas as pessoas. Como sempre digo: como você será capaz de pedir perdão, se algum dia não foi capaz de aceitá-lo?
Quanto ao suicídio por asfixia, eu bem que tentei; mas descobri algo incrível: Que eu estaria tirando a minha vida pelo simples prazer de ver a sua arruinada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário