Minha amiga afirmou que, ainda este ano, irá casar. Quando perguntei quem era o “companheiro”, ela respondeu: não sei!
Forcei um sorriso e esperei receber outro. Mas ela estava falando sério. O problema é que desde que entrou para a Igreja minha amiga vive em um mundo onde “aconteceu foi vontade de Deus”, “não aconteceu foi porque Ele não quis” ou até mesmo “Deus sabe o que faz” e “Ele falou em meu coração”.
Veja, em momento nenhum venho zombar da fé de ninguém. Não cabe a mim, até mesmo por respeito, dizer que tais assertivas beiram a tolice.
Porém minha forma de pensar é um pouco diferente. “Não aconteceu” é porque a vida é uma merda mesmo. Nem sempre a gente consegue o que quer.
“Aconteceu”? Ótimo. Vamos tirar o máximo de proveito.
“Ele não quis”? Se o mundo dependesse da sua vontade (com tanta miséria) teríamos um Deus do caos.
“Deus sabe o que faz”? Desculpe. Sabe mesmo?
“Ele falou em meu coração”? Lítio é indicado para esquizofrenia.
Meu ponto não é caçoar da fé de ninguém. Nem me fazer de engraçado à custa de Deus. Meu ponto é definir uma linha entre o surreal e o razoável. A pessoa não pode tornar-se completamente cega para a realidade. Nós sabemos o caminho que devemos tomar. Se iremos ou não, cabe a cada um decidir. E quando a gente tropeça e cai nem sempre é vontade de Deus. É buraco mesmo.
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