Eu estava no Rock in Rio, em meio a uma multidão, quando me deparei com a Alessandra. A gente não se conhecia. Meu primo queria continuar andando e então eu falei: qual seu telefone?!
Ela gritou: eu sou de São Paulo!
Um pouco mais distante, tornei a perguntar: Mas qual o seu telefone?!
Ela falou e, por obra do destino, eu gravei na cabeça.
Do dia seguinte liguei para o número, temeroso de não lembrar direito. Entretanto Alessandra atendeu.
Eu era bem novo e tinha acabado de escrever o “Almas Gêmeas”. Eu acreditava em Almas Gêmeas!
No mesmo final de semana eu peguei um ônibus, também com meu primo, e fiquei na casa do meu falecido tio avô, em Pinheiros.
Tornei a visitar Alessandra mais três vezes. Aí, devido a idade e a distância, o relacionamento não deu certo.
Porém o futuro ainda me reservava mais uma surpresa. Cinco anos depois, em uma boate do Leblon, eu estava parado em frente a porta do banheiro, quando uma linda moça de olhos verdes saiu e perguntou: aqui é o banheiro feminino?
Era Alessandra! Meu coração disparou. Era inacreditável!
Infelizmente ela já estava casada.
Mesmo assim, nunca vou me esquecer dos poucos e bons momentos que passamos juntos. De a vida ter me dado a oportunidade de não apenas ter guardado seu número, como ter tido coragem de ir a São Paulo e, poder revê-la, por coincidência, mais uma vez.
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