domingo, 17 de abril de 2011

Fale Mal, Fale Mau

Eu tinha quatorze para quinze anos. Estava no 1º ano. Era franzino, tímido e estava começando a escrever meu primeiro romance, o “Almas Gêmeas”.

Medroso, sempre me esquivava das implicâncias e alcunhas.

Porém tenho uma história inusitada. Eu era péssimo em Português e Literatura. Minhas notas eram a piores! Lia dois livros por semana e mesmo assim não me esforçava nas aulas. Não queria escrever sobre temas impostos ou ler livros por obrigação. Era um rebelde intelectual. Um intelectual que supria uma admiração por Paulo Coelho. Por ele ter participado, indiretamente, da minha vida. Não é difícil perceber como o autor ainda exerce grande influência em minha vida.

Bem, certo dia, em uma aula de Literatura, a professora mais uma vez começou a falar mal do trabalho do Paulo Coelho. E eu ficava cada vez mais irritado. Irritado de verdade. “Ele escreve um português errado”. “Ele não tem imaginação”. "É um charlatão". E por aí ia.

Num surto (que eu não sei de onde veio) eu me levantei da carteira e falei: Será que a senhora poderia parar de falar mal do Paulo Coelho?!

Ela me confrontou como se perguntasse “Por que você se importa?”.

Furioso, eu disparei: Sabe o que eu penso sobre isso? Recalque! Inveja! Perseguição sem fundamento!

Fui, pela primeira e única vez, expulso de sala de aula. E acredite: eu me senti feliz.

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