sábado, 23 de abril de 2011

A Grande Ilusão

Páscoa é época de renascimento. Muitos não sabem, mas os cientistas comprovaram que a cada sete anos todas as células do seu corpo são substituídas. Ou seja, a cada sete anos você é – LITERALMENTE – uma nova pessoa.

Então eu me pergunto: se todas as células foram substituídas, o que ainda mantém minha consciência intacta?

A uma única explicação: a alma.

Nós vivemos em um mundo caótico. Mas o caos sempre reinou. Ele é uma condição social que progrediu ao longo do tempo. Ele é fruto da natureza humana, falível.

Segundo Platão, em “O Mito de Er”, antes de reencarnarmos nós somos jogados no “rio do esquecimento”. Nascemos sem lembrarmos quase nada sobre a vida anterior. Já o Budismo, tem um conceito de Sidarta (um dos Budas): a Roda de Samsara.

Toda vez que encarnamos temos obrigações deixadas pela vida anterior; daí surge o Karma. Já o Dharma é o caminho que devemos trilhar para a “iluminação”. Para chegarmos ao “Nirvana”. E, vivemos no grande "Maia" (ilusão).

E não precisamos ir muito longe para entendermos que a matéria só parece sólida. Nós, e tudo ao redor, é energia em movimento. E sabemos que a energia nunca acaba. É uma ilusão.

O tema é um campo sensível, porque vai de encontro com outros dogmas, de outras religiões.

Mas, quem nunca teve a sensação de já ter vivido uma situação? De conhecer um estranho e em dez minutos sentir que ele fosse seu melhor amigo? De saber o que vai acontecer antes mesmo de levantar da cama?

Eu não acredito em coincidências. Também não acredito em um velho barbudo sentado em uma nuvem e observando cada detalhe de nossas vidas.

Sidarta Buda uma vez falou: não é o inimigo, tampouco o adversário, que nos leva para o caminho do mal. Somos nós mesmos.

Veja: supostamente Lúcifer se voltou contra O Criador por discordar do plano de conceber o ser humano. Foi mandado ao “Inferno” e de lá comanda todo um plano para nos tirarmos do caminho.

Será mesmo? Eu não acredito. Lúcifer se opôs a Deus e eu vejo isto como um duelo de “Titãs”. Para ser bem sincero, será que Lúcifer não tinha razão quando abordou a maldade do ser humano?

Não foi ele que construiu a maldade. Ela sempre foi uma espécie de equilíbrio cósmico.

Se você realmente crê em Deus, então dê uma alegria para Ele. A alegria de saber que não estava errado.

Se você se sente solitário, Deus também se mostrou solitário. O que adianta reinar para ninguém?

Se você se sente injustiçado, imagina Jesus Cristo, um homem justo, que trouxe "A Verdade" e ainda morreu na Cruz.

O que você está fazendo para si mesmo? O que você pretende fazer? E, o mais importante, você consegue se colocar no lugar do outro?

Saiba que você está onde deveria estar. Que você viveu o que deveria viver. Liberte-se da culpa. Peça perdão, mesmo que o outro não conceda. Lide com os problemas familiares de forma menos intolerante. Opressão não é compreensão.

Os mais sábios são os que viveram um problema e não apenas leram sobre o mesmo.

A morte é um mistério a ser revelado. Muitos se apegam a uma religião, enquanto outros (como eu), caminham e caminham, buscando aprender de tudo um pouco.

Acreditar em Deus é tão irracional como não acreditar.

O ser humano é como uma molécula. Quando entra em contato com outro, ocorre a chamada síntese; o que é algo maravilhoso, pois dá lugar a um novo tipo de consciência “coletiva”. Já dizia a Bíblia: onde dois ou mais estiverem reunidos em Meu nome, ali estarei.

A ciência avança e as metáforas vão se mostrando reais.

Em suma, não pense que sua vida é um caso perdido. Eu estou aqui e você também. Nós somos guerreiros combatendo o sofrimento do vale de lágrimas. Talvez nunca nos encontremos nesta existência, mas eu desejo muita alegria para você. Desejo que você não desista. Desejo que você consiga mudar o que eu não consigo.

Amém! Como minha mãe diz: OREMOS!

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