segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Esperado De Forma Inesperada ...

Pego a vida pelos braços

E a transformo em dias

Poesias

Deixando ao alvedrio dos percalços.

Pego a vida pela mão

Buscando um significado

Vazio acompanhado

Uma arritmia poética do coração enclausurado.

Pego a vida pelos dedos

Tentando não machucar o que já foi machucado

Percorrendo distâncias, de um crime tentado

Na solidão de dois sonetos não amados.

Escapa-me a vida por um triz

Escorrendo pelo paradoxo inexorável

Do ser, existir

Da dúvida inquestionável.

Olho a vida apagar-se

Na centelha sem fogueira

Do fogo sem calor

Da dor, do amor, de tudo o que passou.

Esqueço-me da vida

Deixo-a de lado

Corro descalço

Pela estrada não trilhada da felicidade extraviada.

O fim esperado

Que repousa no inesperado

Do hoje, do ontem

Do amanhã desesperado.


* Em memória do meu tio Maurício, que pouco conheci, mas sua dor fui capaz de sentir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário