domingo, 17 de abril de 2011

O Ministério do Emocional Adverte ...

Não faz muito tempo um amigo me procurou para contar que estava sofrendo com os boatos que a mídia sensacionalista vem espalhando.

De que ele estaria “tirando” ideias dos usuários do Twitter e aplicando em seu trabalho. O que eu sabia que era mentira.

Tentei argumentar: deixa para lá. Esquece.

Porém eu aceito que, em minha posição, era fácil dar tal conselho. Não era o meu trabalho, minha paixão, que estava sendo atacada. Não era minha pessoa que estava sendo vítima da mentira.

A gente possui uma ideia equivocada de que quem está lá em cima não sofre. De achar que não faz frio no topo do Everest.

Certa vez ele me disse: quando pedem um papel, acabam me colocando de vilão. Muitas pessoas fazem uso de um problema pessoal. Eu vejo que a pessoa precisa, mas o que eu posso fazer? Não dá para colocar todo mundo e nem eu tenho tanta autoridade.

Curioso é que enquanto jantávamos e conversávamos justamente a respeito disso, o celular dele tocou. Era um rapaz pedindo um papel.

Ser usado como ponte não é fácil. Não é todo mundo que lida bem. Que não tem seu emocional afetado.

Então eu sugeri: por que você não faz amizade com médicos, advogados, ou pessoas totalmente distantes do meio artístico?

Ele disse que era complicado. Mas aí eu discordo. E não concordo com várias outras coisas. Eu fico no meu papel de discípulo, mas às vezes tento dar uma de mestre.

O Brasil é um país muito conivente com crimes virtuais. Ou crimes contra a honra. A má aplicação de nossa lei até incentiva o cidadão a escrever o que quiser, sem ao menos verificar a informação. E o problema é que muitos acreditam.

Todos nós somos vítimas de fofocas e mentiras. Mas a nível bem menor. Multiplique por cem e isso já se torna insuportável. Multiplique por mais, e você entenderá que é preciso ter muito equilíbrio.

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