Um paralítico tentava atravessar uma movimentada e nada conseguia. Sinal abria, sinal fechava. Ninguém ajudava. A cadeira já estava desgastada. E ele sem forças para empurrá-la.
Em uma de tentativas, ele foi ao chão. Caiu e não conseguiu se levantar. Ninguém quis ajudar. Não porque eram ruins, mas porque andavam com pressa; com o emprego à espera.
O aleijado se sentia como um homem invisível. Literalmente. Uma vez ele conhecera um homem que prometera ensina-lo a andar. O homem era simpático. Deu até um livro. Pediu para escolher. E o aleijado escolheu logo “O Homem Invisível”.
Infelizmente o homem não o ajudou a andar, mas vamos devagar. A história deve continuar. Sem chorar ou lamentar.
Caído ao chão, lá se veio um grande figurão. Homem de baixa estatura, mas de vigor incrível. Levantou rapidamente o aleijado e começou a empurrar o carrinho. Comovido, agradeceu diversas vezes. Porém o “obrigado” nunca veio. Claro que o homem fazia por algum motivo além de altruísta. O que cai do céu é só chuva, avião, meteoro e balão, eu acho.
Foi então que o homem o conduziu até o trabalho. Apressado disse que teria que voltar ao trabalho. O aleijado não entendeu nada. Então, com uma enorme vontade de pedir perdão, sentiu um impulso na espinha e deu um salto da cadeira.
Correu em direção do homem e deu um apertado abraço.
- Você me curou! – gritou o agora não mais aleijado.
- Não. – respondeu o homem. – Eu só o guiei pelos buracos e sua gratidão o fez andar.
- Muito obrigado! – disse aos prontos.
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