sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Paz & Razão

Incautos, nos lançamos a desafios amorosos. Deságios de sentimentos que deveriam repousar na reciprocidade. Mas a balança do amor nunca nos é justa.

Não vamos sair por aí gritando a felicidade revestida pelo manto da tristeza, da deserção amorosa.

Temos apenas que aceitar que a decepção está inserida no conceito tempo-espaço. Vem e vai, como o imã da razão, que tenda a sufragar a emoção. Paciência se faz mister sem hesitação. Resignação.

Um jogo de paixão e emoção, em que a paciência sempre sai com a áurea da vitória, nos mostrando que o caminho para o amor é muito mais longo e complexo do que pensávamos.

Alguns podem vislumbrar que as pedras não estão no caminho. Diriam: estão nos sapatos de quem pisa a terra!

Provável, mas descartável. As pedras estão nos caminhos traçados outrora, sem pensar nos dias vindouros. A vida não nos dá o papel da borracha. Apenas o tempo, sem o esquecimento.

Temos que dominar e acatar. Se errarmos, não nos culpemos. Fizemos o certo, ao tempo do errado. Desvirtuamos valores. Cedemos-nos a paixões corriqueiras, sem sentido nem valor. E a falta de sentido nos levou ao caminho da perdição, da decepção, da final: resignação.

Hoje somos solitários. Esquecidos em meio à multidão de corações à procura de compreensão.

Regozijo minha alma na alegria de apenas ser, e poder continuar sendo. Aprendendo, errando. Amando e sofrendo. Desertando e combatendo.

Todos nós seremos felizes como desejamos, mas precisamos entender três motivos essenciais para a felicidade amorosa: sofrer é um conceito intrínseco da ratio humana. A dor faz parte do amor. Encontrar nem sempre significa não poder escapar. E amar, nem sempre é um poço de perdão e aceitação, sem paz e razão.

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