sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A Caneta


O escritor saiu furioso de casa, perseguindo um ladrão. O ladrão era hábil e rápido. O escritor se aproximava e logo se afastava.

Sem fôlego parou em uma praça e pediu água. O vendedor então perguntou: Não se preocupe. Pelo que vi, ele não levou nada demais. E se levou, tenho fé que você irá recuperar. Deixe isto para lá.

- Não. – falou o escritor. – Não mesmo.

- Bem, eu acho perda de tempo. O que ele levou demais? Seu orgulho?

- Não. Ele levou minha caneta. E sem ela não posso mais escrever.

O vendedor tirou um punhado de canetas e estendeu ao escritor. – Não é a caneta que escreve por você. É você que escreve com a caneta.

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