segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Eu perdoo

Bem, todos erram. Isto todos sabem, mas poucos aceitam. O erro do outro é sempre menor do que o nosso. O nosso, sempre mais perdoável.

Durante grande parte de minha vida eu tive dificuldades de dar o perdão. Eu me perguntava: o que é perdoar?

Dizer está tudo bem, bola para frente?

Não. Perdoar é o ato de aceitar de volta. De voltar a confiar. De entender que todos os seres humanos são passíveis de erros.

Não vamos dizer que, quando alguém erra, a confiança não se abala. Claro que sim. Mas é aí que está a mágica do perdão: voltar a confiar.

Eu não sabia perdoar. Ficava usando clichês como “lei do retorno” ou “o mundo dá voltas”.

Bem, que o mundo dê voltas. Que retorne coisas boas à pessoa. E não digo da boca para fora. Digo com uma razão: quero me preocupar com a minha vida e não me dar ao trabalho de atrapalhar a vida do outro.

Acho que nós já temos problemas demais para nos preocuparmos em causarmos mais. E percebo a importância de cada pessoa.

O bom de não ser perdoado, é enxergar como é bobo guardar mágoa ou rancor. É uma bagagem que só pesa.

Claro que temos momentos de raiva. De angústia. Mas são temporários. Hoje mesmo senti em meu coração um ciclo se encerrando. E dele, aprendi muito. Muito mesmo. Minha missão, como a sua, é passar isto para frente.

O caminho continua. A lembrança de quem nos fez feliz nunca deve ser esquecida.

Podemos aprender com o riso. Com o choro ou até mesmo com uma brincadeira.

Hoje sou mais leve. Ainda anseio encontrar pessoas que possam compartilhar pensamentos ocultos e complexos. Não por serem melhores, mas porque elas não têm medo de serem taxadas como loucas.

Estou no caminho, acredito.

Agradeço a quem me ajudou até onde pôde ajudar. Agradeço realizar sonhos infantis, mas importantes. Agradeço por um dia melhor. E agradeço por saber que hoje não cometeria os mesmos erros de ontem.

Pelo visto, só tenho a agradecer. Muito obrigado!

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