terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Poder de Convencer

Um dia dois colegas iniciaram uma discussão da qual acabei participando.
Não me recordo qual era o tema, mas isso não faz muito diferença, pois não foi ele que me chamou atenção.
Um de meus colegas começou a argumentar, e bem, a respeito do tal tema. Na verdade eu não concordava nem um pouco com o que ele dizia e estava pronto para rebater.
Porém ele fez uso de um artifício muito utilizado pelas pessoas, que as vezes nem se dão conta disso. Ele disse: “Você a de concordar comigo. Você é um cara inteligente”.
Pronto: ele mesmo sem saber havia destruído quase que por completo toda a minha feroz vontade de expor meus argumentos.
“É, mas …”, respondi.
Sua frase não havia, nem de perto, me convencido, mas eu não poderia questionar um amigo que havia acabado de me chamar de “inteligente”.
Creio que isso aconteça com muito de vocês. Ora como os questionadores, ora como os questionados. As vezes o poder de convencimento não está nos argumentos e sim na forma com que os usamos. Saber convencer alguém não é conseguir com que a pessoa concorde plenamente com você.
Quantas vezes entramos em uma loja de roupas apenas para dar uma olhada e saímos com aquele vestido ou com aquela blusa que não havíamos gostado?
Quantas vezes já chegamos a casa arrependidos de termos comprado algo?
Como vamos brigar com alguém que nos olha sorrindo? Como vamos discutir com alguém que nos chama de “inteligente”?
Impulso? Nem sempre. Muitas vezes fomos convencidos a algo, mesmo não concordando com ele.
Amolecer o coração é uma sábia forma de fazer com que algo entre nele. E saber disto, é uma forma de evitar a manipulação.

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