terça-feira, 8 de março de 2011

Antinomia Do Amor

Fui até sua casa ontem à noite, toquei a campainha diversas vezes, e a única coisa que encontrei foi uma porta de madeira fechada a minha frente.

Tinha levado flores; as mesmas flores que enfiei na primeira lixeira que vi pela frente.

Os bombons? Bem que minha mãe sempre disse que ser romântico nos dias de hoje é ser cafona. Os bombons eu dei para uma senhora em dieta, que vi passando pela rua. Isso mesmo, se não sou feliz, não quero que ninguém mais seja. Quero que todos morram com suas fraquezas! E infelizmente você é a minha.

Não entendo porque a desgraça da vida é dar valor a quem a desgraça ainda mais.

Desgraça, estraçalha; e foi assim que me senti. Caminhando pelas ruas escuras e vazias, com os sentimentos estraçalhados, jogados ao lixo, no mesmo lixo que enfiei as flores que havia comprado para você.

Mas sabe de uma coisa? Comprei as flores na promoção, daquelas de 2 buquês e 1 mulher enganada por apenas 10 reais.

E os bombons? Ah, os bombons sobraram do aniversário do meu irmão. Bastou-me apenas pegar uma caixa vazia, e enfiá-los como doces lembranças de um amor.

Você pode pensar, me vendo pelo olho mágico, que havia um idiota parado em frente a sua porta; com um buquê de rosas e uma caixinha de bombons.

Mas eu te digo, digo mesmo, sem medo de me arrepender; que eu pensei a mesma coisa. Pensei em uma idiota, rindo de minha desgraça, merecedora de rosas murchas e doces amargos.

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