segunda-feira, 14 de março de 2011

A Fila

Esses dias eu estive conversando com uma amiga e ela me contou sobre o método de condicionamento que havia aprendido no MBA.

Não sei ao certo como funciona, mas em grosso modo, ele funciona assim: Se a pessoa conseguir ficar 21 dias fazendo a mesma coisa, ela acaba se condicionando.

A princípio pensei que não passasse de mais uma das milhares de metodologias motivacionais, mas depois comecei a reformular minha idéia.

Acho mesmo que o ser humano precise de alguns dias (Não exatos 21, já que varia de pessoa a pessoa) para se condicionar a fazer algo.

No começo é bem difícil. Nós chegamos até a pensar que é impossível. Há dias em que acordamos completamente dispostos, com a certeza de que não será preciso muito esforço para atingir tal objetivo. Mas aí vem aquele dia triste, nublado, em que nos levantamos sem vontade alguma de sair de casa, ou abrirmos o livro não prestando atenção em uma única palavra. E é justamente aí que estamos condicionando o nosso cérebro.

O condicionamento também deve ser lento; não adianta (Para quem quer estudar), decidir que do dia para a noite vai dedicar 12 horas apenas a isto. Não deve funcionar.

Proponho que comecemos com uma hora, depois de dois dias, quem sabe, mais uma, e assim até chegarmos a hora ideal. É como um remédio, sabe? Que nosso organismo se adapta aos poucos.

Garanto que quando menos esperarmos nos veremos envolvidos pelo nosso objetivo de forma tão intensa, que um único desvio desencadeará um sentimento enorme de culpa.

Mas a culpa também não é benéfica. Temos que tentar a canalizar para a responsabilidade, e da responsabilidade para a certeza de que alcançaremos nossos objetivos.

No mesmo sentido, será necessário que paremos de nos preocupar com os outros. A disputa é, e sempre será, entre nosso físico e nosso emocional.

Certa vez também ouvi de um amigo meu (Igor), que todos os objetivos na vida podem ser comparados a uma fila.

Nós estamos nesta fila, esperando nossa vez chegar. Mas não raro vemos pessoas abandonando a fila; elas dizem “Estou ficando velho demais” ou “Não vou conseguir”.

Julgo a comparação da fila como perfeita. Alguns podem chegar a um horário propício ao tempo ser mais curto, enquanto outros podem encarar a hora mais movimentada.

Mas acredite, a fila vai andar! A sua vez vai chegar.

Pare de se perguntar se é capaz; se aquele cara à sua frente é mais inteligente só porque ele faz perguntas mais bonitas ou tem atitudes que você julgue ser mais apropriadas.

Entenda que este mesmo cara pensa isto das outras pessoas; e entenda que estas mesmas pessoas se perguntam se são tão boas como você.

A grande tática de Napoleão era fazer o inimigo acreditar que ser mais fraco do que era; e tenho certeza que ela é universal.

Mas não encare os outros como inimigos, não encare quem está a sua frente como concorrente. Pense na fila. Pense em conversar com ele; pense em aproveitar de sua companhia até a vez dele chegar. E sempre se lembre, você estará logo atrás.

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