Metáfora do Espelho e a Teoria do Universo Paralelo

Observe um espelho a sua frente. O que ele representa? O reflexo de uma imagem real?

Mas porque não encaramos aquela imagem refletida no espelho como verdadeiramente real?

Por que isto não nos foi ensinado?

Tudo bem. Agora imagine uma criança. Ela nunca teve contato com nada no mundo. Reclusa em um quarto, tudo que ela pode ver, em toda sua vida, foi apenas um imenso espelho à sua frente.

O que ele representaria a ela?

Apenas o reflexo de algo, ou a única forma de realidade?

Agora, vá mais a fundo. Imagine que nós somos esta criança.

Tudo o que vemos, sentimos e tocamos, não pode fazer parte de um único e imenso espelho; o espelho universal?

Não podemos estar olhando na direção errada? A direção do espelho.

Por que não podemos ir além? O que nos torna preso a uma realidade que muitas das vezes confunde-se com um sonho?

Tome como exemplo a função de seus olhos; que é refletir ao cérebro a percepção da realidade.

Mas o que nos pode garantir que tudo é real?

A dor que sentimos ao sermos atingidos pelo objeto que vemos?

Mas espere. Os sentimentos também nos fazem sentir dor; às vezes, imensamente maior do que a dor física.

A medicina atual também explica que a dor sentimental machuca de verdade.

O desequilíbrio dos sentimentos é capaz de destruir todo o corpo humano; é capaz de nos fazer sentir uma dor muito forte no coração.

Ao final, sou remetido a um único pensamento; não estaríamos nós sendo confundidos pelo espelho da vida ou os espelhos só existem em função de um cosmos paralelo?

- Mãe, o que é aquilo? – pergunta uma criança, apontando para o espelho.

- É tudo que existe.

- Tudo que existe? – pergunta confusa.

A criança então caminha até ele, mas não consegue tocar em nada ali dentro.

- Mãe, quem é este? – pergunta, vendo sua imagem refletida no espelho.

- É você, meu filho.

- Se ele é eu, então quem eu sou?

- Talvez ele esteja fazendo a mesma pergunta. – diz a mãe, abraçando-o.