sábado, 5 de março de 2011

O Bêbado

Estou aqui, deitado na cama, apoiando o notebook em minha barriga. Enquanto escrevia, comecei a escutar uma discussão. Um homem grita com a mulher: vá embora!

Pela voz percebe-se que ele está completamente embriagado. E ele continua: não quero te ver nunca mais!

Em seguida, o barulho de uma garrafa chocando-se contra o chão. A voz do homem começa a ficar abafada por causa de um funk que colocaram no volume máximo.

Minha pergunta é: será que essas pessoas não percebem a seriedade do problema?

Álcool e Carnaval. O cidadão passa da conta, briga com a companheira, briga com qualquer desconhecido, dirige de forma imprudente, faz algumas merdas que irá se envergonhar, etc.

Na Quarta-feira de Cinzas pode acabar sem mulher, sem carro, sem alguns dentes, sem dinheiro ou até mesmo sem a vida.

Valeu à pena? A Quarta-feira é a de cinzas, todavia não há nenhum Phoenix retornando dos mortos.

Freud definia a loucura como “repetir uma mesma ação, nas mesmas condições, e ainda esperar por um resultado diferente”.

As pessoas realmente perigosas não são aquelas que perderam contato com o mundo. Elas não são malucas. São doentes. A “loucura” perigosa é a postura do cidadão que descrevi no começo do texto. Ele sim representa um problema.

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