Estou aqui, deitado na cama, apoiando o notebook em minha barriga. Enquanto escrevia, comecei a escutar uma discussão. Um homem grita com a mulher: vá embora!
Pela voz percebe-se que ele está completamente embriagado. E ele continua: não quero te ver nunca mais!
Em seguida, o barulho de uma garrafa chocando-se contra o chão. A voz do homem começa a ficar abafada por causa de um funk que colocaram no volume máximo.
Minha pergunta é: será que essas pessoas não percebem a seriedade do problema?
Álcool e Carnaval. O cidadão passa da conta, briga com a companheira, briga com qualquer desconhecido, dirige de forma imprudente, faz algumas merdas que irá se envergonhar, etc.
Na Quarta-feira de Cinzas pode acabar sem mulher, sem carro, sem alguns dentes, sem dinheiro ou até mesmo sem a vida.
Valeu à pena? A Quarta-feira é a de cinzas, todavia não há nenhum Phoenix retornando dos mortos.
Freud definia a loucura como “repetir uma mesma ação, nas mesmas condições, e ainda esperar por um resultado diferente”.
As pessoas realmente perigosas não são aquelas que perderam contato com o mundo. Elas não são malucas. São doentes. A “loucura” perigosa é a postura do cidadão que descrevi no começo do texto. Ele sim representa um problema.
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