A transformação é silenciosa.
Nós mudamos.
E mesmo assim, continuamos a ser.
Nós crescemos
Vemos o espelho. Mas não somos o espelho.
O que somos? Quem somos?
As idéias mudam, assim como o corpo.
Os sonhos se alternam, assim como a vida.
Mas nós continuamos a ser.
Penso que não há tempo para alma.
A alma que habita dentro de nós. O pequeno sopro da vida. A responsável por entendermos que fomos, seremos, mas continuaremos o mesmo.
Atitudes diferentes. Podemos dizer: como fomos capazes? Ou quem sabe, onde estávamos com a cabeça?
Às vezes, desejamos voltar no tempo para mudar. Mudar o imutável. Mudar o que tinha de Ser. Mudar a história que escrevemos antes mesmo de virmos ao mundo.
Mas não é por isso que nos entregaremos ao destino. Ele não existe. Ele nada mais é do que a história criada por nós, e escrita por Deus: o pintor da vida.
Ao encararmos tudo o que nos cerca como sistemas; sistemas que se movem por leis. Leis estas que não nos abandonam. Uma pergunta vem à cabeça: seríamos então nós, meros sistemas?
Seríamos uma mera máquina biológica, com ações previsíveis?
É então que entra a magia. A magia do livre-arbítrio. A magia de nos surpreendermos a cada dia. A magia da vida.
É então que entra a filosofia. Uma corrida sem destino, num labirinto de idéias. É então minha vez de sair. De ver a cortina fechar, mas ter a certeza de que não fiquei na platéia, admirando uma bela história: a história da vida.
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