Luiz da Lua saíra de seu corpo e nunca mais voltara. Em plena Praça Pública, verso bradava. Prosa contava. Perdera a sanidade e parecia que de vez seria.
Luiz da Lua, afogado na própria alienação, ora e outra, da alcunha jus não era feito. Possuído por momentos de uma tina sanidade, certo dia teve que levar à orelha do que parecia garotice de um gaiato: “-Ligue não, da Lua. Pior do que você uma vez a vida fez de conhecer!”
Assim como o autor, garotice nada. Gaiato falava sério. Não mostrou os dentes ou desviou o olhar.
“Não é possível de ser a minha situação de toda ruim que exista apenas um sujeito em pior condição!”.
Por aqui o autor vem contar fatos pretéritos que o levaram até a lua.
Luiz era sujeito aspérrimo de imaginação ubérrima. De falsário, estava sempre conspirando trapaças. Sem causa, não era ser detestado e odiado. Retórica, tinha perfeita. Sua lábia convencia outrem a comprar lotes, veículos e outras coisas. Vendedor de sonhos, já que apenas no papel tais coisas existiam.
Certa é a morte, ouvia-se pela cidade. Prematura irá chegar e este molambo com o ceifador irá de se encontrar.
O desconhecido e conhecido somente por quem vos escreve é que Luiz se viu na contramão da vida e elucidou para si mesmo o ultimo golpe. Tratou de guardar papel moeda em um banco distante. Desapareceu da cidade por mais de um ano e retornando, insano mostrava-se ter ficado.
Acreditar, ninguém fé teve. Era mais um golpe do safado ou um estado mental condenado?
Entre o sim e o não, todos os lesados deixaram a resposta a cargo do tempo. E o tempo veio e passou. Luiz da Lua não voltou.
E, até hoje, encontra-se um ou outro cidadão que nunca comprou a verdade e com medo decidiu parar de vender a mentira. Pois bem, ainda os céticos pensavam: Com maluco não se discute. Se mal lhe faz, nem pra cadeia vai. Se trapaceou a tantos, à Justiça também há de enganar!
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