quinta-feira, 10 de março de 2011

Querer Amar

Texto escrito em 2006.

Falar de mim talvez seja mais fácil. Mas estes dias lendo uma biografia de George Soros, me deparei com uma frase interessante; com uma idéia que eu sempre havia pensado, mas não conseguia sintetizá-la em uma única frase.

A frase diz o seguinte: O observador é parte integrante daquilo que visa observar.

Pensando assim, nunca poderemos ser imparciais ao observarmos a nós mesmos, e a toda a vida que nos cerca.

Interessante, não? Mas lá vou eu, para o campo filosófico.

Estava aqui observando minha vida, e cheguei uma conclusão: estou com uma extrema dificuldade para levar um relacionamento a sério.

Não digo que não quero; eu quero, e muito, mas não consigo me envolver com ninguém. As pessoas, a princípio, até são interessantes, mas de repente, numa manhã qualquer, parecem perder todo o encanto.

É complicado sentir isso; mais complicado ainda explicar isso para a pessoa. Cheguei à conclusão de que não consigo explicar. Falta-me coragem, o que me faz ir empurrando a relação até o abismo, o que deixa a pessoa muito magoada comigo.

Às vezes eu tento me consolar, dizendo que ainda não apareceu a pessoa especial. Acho que ela nunca vai aparecer do momento que eu não mudar muitas coisas dentro de mim. Meu modo de vida, minhas idéias, meus preconceitos.

Também estou cansado deste tal de jogo do amor; de atitudes premeditadas, ações pensadas e frases bem ditas. Queria uma paixão, daquelas que a gente deixa a razão de lado e age com o coração.

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