O ano de 1963 foi palco de um dos maiores roubos da história. Um grupo de 16 pessoas assaltou um trem (episódio conhecido como “O assalto ao trem pagador”) e levou cerca de 220 milhões de reais (valor atual).
Curioso é que os mentores não vinham de um passado criminoso. Entre eles estava um ex-boxeador, um dono de antiquário, um cabeleireiro, um dono de boate, outro de uma pequena editora e o homem que viria a ser o carpinteiro mais famoso depois de Jesus Cristo: Ronald Biggs.
Bem, o assalto não deu muito certo. Eles foram presos, mas aí renasce mais uma vez a genialidade do carpinteiro, que conseguiu escapar da prisão, morou três anos na Austrália, fugiu para o Panamá e terminou sua jornada no Rio de Janeiro.
Biggs morou no Brasil, mas sem dinheiro algum. Depois de 30 anos no Brasil, Biggs já muito doente se entregou às autoridades inglesas e em 2001 retornou a sua terra natal.
Ninguém sabe ao certo os motivos de Biggs (além do financeiro). Mas o carpinteiro provocou um impasse internacional que dura até os dias de hoje. Brasil e Inglaterra continuam sem tratado de extradição. Criminosos ingleses vêm ao Brasil ao passo que brasileiros escolhem como destino a Inglaterra.
Minha bisavó sempre contou uma história em que um homem invadiu o cofre real da Rainha Elizabeth (que continha uma fortuna furtada da Rússia) e esperou calmamente os guardar abrirem o cofre para encontra-lo, demonstrando a falha de segurança.
Nos dias de hoje, tais homens atraem a atenção do Governo devido a crimes cibernéticos. O mais conhecido é o hacker/cracker Kevin Mitnick, que depois de passar um bom tempo na cadeia, começou a trabalhar para o Governo americano.
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