- Meu irmão, tenho que te contar uma! – falou Pedro, sentando-se bem ao lado do amigo, João.
– O que houve? – João o fitou com um olhar de espanto.
– Porra… – Pedro fez suspense.
– Conta logo, caralho!
– Tudo bem! – Pedro afagou o vento com as mãos, contraindo os lábios. – Porra, estou comendo a mulher de um maluco aí.
– Sério?! – João ajeitou-se na cadeira, arregalando os olhos. – É casada?
– Casadíssima! – contou indo às gargalhadas. – Nem faz questão de tirar as aliança quando estamos na cama! A mulher é uma pervertida mesmo! Tem até o nome do cara tatuado naquele lugar…
– Puta que pariu! Que corno! Você está mandando muito bem! – falou o João, batendo com força no ombro do amigo. – Mas como vocês fazem?
– Aí que vem o sinistro! O cara também é médico, sabe?
– Da onde?
– Não sei de nada. Só sei o pouco que ela me conta. – explicou o amigo. – Mas escuta! – continuou, voltando a rir. – Toda a noite o BIP dele toca. Ele levanta às pressas, diz que é uma chamada do hospital e sai correndo de casa!
– Chamada do hospital porra nenhuma!
– Eu não quero nem saber! Só sei que quando o BIP dele toca, o meu também toca! – agora os dois riam sem parar.
– Que otário! Você é o cara! Por isso eu te amo!
– Otário mesmo!
– Espere um minuto. – pediu João, levando a mão ao bolso. – Meu BIP está tocando.
– Ih. – falou Pedro, pondo-se de pé. – O meu também.
– Tenho que ir! – avisou João. – É do hospital.
– Eu também! – despediu-se Pedro. – É a mulher! O BIP do corno deve ter apitado.
– Sem dúvida!
Olá, Raphael. Adorei seu texto. Tens estilo. Devaneios aguarda sua visita.
ResponderExcluirps. Sigo o seu blog!