terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dois Homens, uma Jornada

Pelo amor ou pela dor, temos um importante papel na vida de outras pessoas. Elas podem ser "estrelas" ou apenas um homem qualquer caminhando pela Avenida Paulista. É curioso, podendo até ser doloroso, a capacidade de nossa alma afetar outra. E o ódio não reina. No fundo, as duas sabem do impacto. Podem praticar atos equivocados, mas não deixam de saber a importância de um sem o outro. Podem brincar, mas depois da risada, vem a realidade.
Chega um momento em que devemos sentar, conversar e pensar em uma trégua. Os danos? A natureza se encarrega de corrigi-los.
Certa vez li uma obra de um homem louco pela vingança que resolveu escrever uma obra de ficção contra a moral do outro. Dedicou todo o seu tempo para publicá-la. Fez tudo para ela se tornar um "best-seller". E depois percebeu quão tolo tinha sido. Mesmo tendo sido prejudicado, não podemos querer pagar na mesma "moeda", pois ela não tem valor no banco divino.
Ao destruir alguém, mesmo em tom de deboche, você está construindo um caminho perigoso à salvação. E a outra, que inerte fica, está pensando em como seguir a jornada, sem olhar para trás ou para a pessoa.
Há um autor que publicou seu primeiro romance aos 40 anos. Dizem que ele tinha sido perseguido por um ex-amigo. Verdade ou mentira? Eu creio que exageraram. Ele deve ter sido perseguido por fãs do amigo, que não aceitavam certo fato. Mas a natureza é assim: as pessoas vão, outras mudam completamente, algumas esquecem e então você tem o seu momento de glória. Pode levar dez ou vinte anos. Um dia ele chega.
Então, porque não conversar e se livrar da culpa? Duas almas que possuem uma conexão podem não resolver nada nesta encarnação - como não devem ter resolvido na passada - mas não é chegado o momento de cruzar a roda de Samsara?
Qualquer um possui vários caminhos para a vingança. Quantos inimigos o outro não colecionou? Mas ele opera pelo amor. Se errou, já aconteceu. Porém o outro continuará errando?
O texto não diz respeito a um quadro inteiro, e sim, a uma relação pessoal. O resto, como digo, é resto. Outro problema a ser resolvido.
Leve a vida a sério e ela também o levará. Talvez seja a grande lição que aprendi.

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